Participação da palestra no CAISM da Unicamp
- Cibele Scarpelin

- 26 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

No dia 16 de janeiro de 2020, participei do encontro que aconteceu no CAISM da Unicamp: "(Des) Patologizar a vida. E a vida, o que é?" com a psicanalista Francisca Paula Toledo Monteiro. Esse mês acontece a campanha do "Janeiro branco" sobre a saúde mental e emocional. Esse evento foi realizado para pensarmos sobre como patologizamos a vida, ou seja, como tendemos a rotular e padronizar comportamentos.
A palestra começou com uma mostra de afetividade e criatividade que precisamos ter quando trabalhamos com saúde mental: a psicanalista Francisca atuou com sua personagem "Chicória". Um começo descontraído para começar um tema tão importante, (des)patologizar a vida.
Depois disso, foi passado um vídeo para pensarmos sobre os rótulos e a frase de Paulo Freire: "Não existe imparcialidade. Todos são orientados por uma base ideológica. A questão é: a sua base ideológica é inclusiva ou excludente?". A partir dessa frase e através dos exemplos da psicanalista, pude pensar sobre o contexto da escola atual em que cada vez mais se rotulam as crianças, mas sem fazer uma crítica e modificar o modelo educacional.

A psicanalista mostrou a importância de olhar para o sujeito a partir de sua singularidade e a escola e as políticas públicas de saúde mental deveriam estar orientadas a trabalhar nesse caminho: através da história de cada indivíduo.
Na escola, por exemplo, podemos perceber como os sintomas se manifestam no corpo da criança. Esses sintomas precisam ser escutados. "O que o problema de aprendizagem dessa criança está querendo me dizer?". A criança não precisa de rótulos que podem trazer um estigma para ela por toda a vida, ela precisa ser escutada e receber ajuda, ser amparada. A criança é o sintoma da família e o sintoma da escola, a criança demonstra através de seus sintomas que precisamos repensar o que estamos fazendo, como estamos educando, e tentar formas mais criativas para validar o desejo dessas crianças. A arte é uma saída.




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